david. @ 22:46

Qua, 30/12/09

   

 

Acho que deve haver espaço para ambos os sectores, mas naturalmente que, tal como o Davaid referiu, é imperativo que o Sistema abranja todas as áreas médicas, como a medicina dentária. A populaçao deve poder optar a qual dos dois sectores se deve dirigir. Contudo, o estado tem de apostar na sáude dos cidadãos, em primeiro lugar, porque nem todos podem, infelizmente, recorrer ao sector privado. Matilde.

 

   

 

Controlado. Cabe ao estado assegurar aos cidadãos um serviço nacional de saúde (SNS)eficiente e tendencialmente gratuito, e uma escola pública de qualidade e excelencia. Estes objectivos podem ser muito complicados de alcançar, mas a solução não passa certamente por descartar responsabilidades entregando-as aos privados. Os hospitais e colégios privados consomem recursos humanos e financeiros que devem estar prioritariamente ao serviço de todos, e não de apenas alguns. Quando o SNS abranger todo o território e todas as áreas da medicina, e a escola pública for capaz de assegurar qualidade e competitividade, então aí se poderá criar um mercado concorrente entre o sector público e privado. David.

 




david. @ 21:07

Sex, 02/10/09

 

José Sócrates venceu as eleições legislativas do passado domingo. Não encontro explicação. A maioria absoluta que conquistou em 2005, e que agora perdeu, foi-lhe dada por um eleitorado farto da instabilidade e das confusões do governo PSD/CDS, confiante numa candidatura que prometia modernidade, inovação, esperança... apostando na educação e num choque tecnológico. Um eleitorado que certamente não voltaria a votar PS, depois do fracasso deste governo. E não tenho receio em dizê-lo porque é uma evidência, senão vejamos.

Na educação não foi capaz de fazer uma reforma do sector, bem pelo contrário. Pela mão de uma ministra arrogante, criou uma guerra com os professores que mergulhou as escolas num campo de batalha. As novas oportunidades foram um pretexto para entregar qualificações a quem não as merecia, e que continuou a não merece-las, e quem por lá passou sabe disso.

Na saúde só gente com pouca inteligência se esquece da forma como foram encerradas as maternidades e serviços de urgência por todo o país. Sem alternativas, sem diálogo, sem explicações. Continuaram a haver hospitais construídos por parecerias público-privadas, com todos os prejuízos que isso acarreta para o estado.

Na justiça não existiu uma vontade de fazer mudanças de fundo. Também não nos esquecemos do novo código do processo penal, que há uns tempos pôs em liberdade suspeitos perigosos que deveriam estar em prisão preventiva.

Agricultura, cultura e ambiente foram áreas que não mereceram qualquer atenção. Mas ministros que não chamassem a atenção não foi o que faltou a este governo. A dupla Lino e Pinho foi bastante eficiente nesse aspecto.

 

Feito o retrato desta legislatura ficamos com algumas interrogações acerca da vitória do PS. Falta de alternativa no PSD? Sim, é verdade. O PSD com Manuela Ferreira Leite, em vez de se revitalizar e rejunescer, voltou ao passado e aos pesos pesados. O que lhe sobrou em verdade, faltou em eficácia e dinamica. Algo que o PS soube aproveitar, com estratégias de comunicação que funcionáram.

 

O CDS surpreendeu. Com uma campanha em que apostou tudo, Paulo Portas vê as suas palavras voltarem a ganhar importancia no panorama político.

O Bloco de Esquerda teve uma vitória relativa. Ficou a 0,6% de ser o terceiro partido, mas a razão da frustação do BE não deve passar tanto por este facto, mas antes por ser o CDS a conseguí-lo.

A CDU voltou a reclamar vitória, mas é impossivel esconder a evidencia. 14 Mil novos votos é pouco para um partido que quer uma 'ruptura'.

 

Vamos esperar pelas autárquicas...




david. @ 19:17

Qua, 23/09/09

Como já devem ter reparado, o «Entre a Esquerda e a Direita» teve até agora dois autores, o David e a Matilde. Em várias matérias temos mostrado naturalmente divergências e afinidades ideológicas. Nós próximos dias, iremos dar a nossa opinião acerca dos mais variados temas da actualidade política, com textos simples e objectivos. Sempre que possível, também será evidenciado a nossa concordância de opinião com algum partido, no tema em análise. Começamos com o casamento homossexual.

 

   

 

Concordo. Por que razão não haveria um casal de poder, independentemente do seu sexo, escolher com quem decide constituir família? Penso que se a lei é igual para todos, nesse caso deveriam estar abrangidos os homossexuais como cidadãos que são. Além disso, quando se fala em casamento homossexual, estamos a falar de duas pessoas. Só a elas lhes diz respeito e isso não prejudica mais ninguém. Não há desta forma motivo para ser o estado a decidir com quem podemos casar, porque nem o faz com pessoas heterossexuais. O caso mudaria de figura se se falasse na adopção de crianças, uma vez que isso teria consequencias nas mesmas. Assim, este assunto só diz respeito ao casal, não prejudicando nem atingindo mais ninguém fora dele. Matilde.

 

   

 

Concordo. É uma aberração a forma como uma sociedade que se diz desenvolvida contínua a discriminar os seus próprios cidadãos. Os homossexuais são iguais a qualquer outra pessoa, com defeitos e com virtudes, e merecem por isso os mesmos direitos e deveres de qualquer outro cidadão, principalmente em matérias que não interferem na vida de terceiros, como esta.

A visão de que o casamento assenta numa estrutura tradicional heterossexual é uma herança da forte influência religiosa no nosso país, poucas vezes com efeitos positivos, e com pouco sentido numa sociedade moderna. David.

 




david. @ 11:40

Dom, 20/09/09

Com o aproximar das eleições, existem ainda muitas pessoas sem orientações políticas definidas. Sendo este um blog voltado para os jovens, hoje trago dois instrumentos que podem ajudar as pessoas com poucos conhecimentos políticos, ou simplesmente indecisas. Apesar de muitos dos leitores deste blog não terem provavelmente idade para votar, é sempre bom sabermos os partidos com quais nos identificamos ideológicamente.

 

Estes dois testes pedem apenas resposta a algumas perguntas, entre outros, e em poucos minutos ficamos com o resultado das nossas tendências partidárias. Também é sempre importante não esquecer que estes testes são um instrumento, não podem ser tomadas em consideração a cem por cento, e ainda que apenas têm em consideração a compatibilidade ideológica, pondo de parte o trabalho dos partidos, as suas lideranças, e o seu desempenho.

 

E já agora, porquê não utilizar o resultado dos testes na sondagem da barra lateral?

 

 

 




Matilde :) @ 12:30

Qua, 16/09/09

"Durão Barroso acabou de ser reeleito presidente da Comissão Europeia com 382 votos a favor". Recebi esta mensagem de última hora no meu telemóvel. Admito que fiquei um pouco orgulhosa por ver Barroso, mais uma vez, brilhar, sendo ele português. É a prova de que os portugueses também conseguem vingar no estrangeiro, apesar de estarmos no canto da Europa a todos os niveis.

Jos� Manuel Dur�o Barroso

 




Matilde :) @ 00:57

Dom, 13/09/09

Vencedor? para mim foi Manuela Ferreira Leite, embora com algumas gafes. Contudo, neste momento, vejo nesta candidata a melhor opção para o país. Quer dizer, entre ela e o Sócrates, claro, uma vez que uma destas forças ganhará. Este debate foi decisivo, na minha opinião considero que Sócrates utilizou muitas fontes para atacar a sua rival, mas estas nem sempre tinham fundamento. Por exemplo, a questão do TGV. Em 2003 a economia não estava no estado em que está hoje. É lógico que a criação das linhas de alta velocidade, neste momento e para o nosso país, não é a prioridade! Em 2003, mesmo em período de recessão económica, aí sim, poderia haver uma chance. Hoje seria um risco, um grande risco. Outro caso, do PEC nomeadamente, foi Manuela Ferreira Leite que o criou, mas pode ter sido o governo de Sócrates que o piorou (estou só a enunciar possibilidades não estou totalmente dentro do tema) ou pode ter sido uma boa decisão na altura. Nem sempre o Governo toma boas decisões, mas algumas delas são necessárias para travar o retrocesso da economia.

Um infeliz caso de que Sócrates tanto se gaba é do apoio aos idosos. Aumentou, se não me engano, 20%. Mas em números isso não é nada. É o suficiente para receberem ligeiramente (muito ligeiramente) mais do que aquilo que recebiam para já não fazerem parte das pessoas pobres. O que quero dizer é que é tudo para as estatísticas, porque na prática não é uma grande ajuda. O que acontece é que, por exemplo, alguém que ganhe 400 euros, em vez de 300 já não é pobre. Mas não deixa de ter dificuldades, se formos a ver bem.

Manuela Ferreira Leite é acusada de ter um programa muito vago e penso que todos concordam com esta afirmação, contudo não sem propõe a prometer mais do que o que pode.

Sócrates continua com o discurso "eu fiz coisas muito boas" (quando não foram más) e com a crítica à suposta maledicência e ao negativismo que afecta Portugal. O que quer o primeiro ministro transmitir? É verdade que este governo trouxe coisas boas, mas houve coisas muito más e negativas para a economia. E aí Manuela Ferreira Leite sabe como atacar, porque já foi ministra das finanças.

A meu ver, o que sinto neste momento, é que o governo precisa de mudar de rumo e não é com Sócrates que isso irá acontecer. É necessário outro líder. O problema do PSD é que não tem uma ideologia por detrás, por isso acontece que dentro do partido há sempre desconcordâncias e conflitos. Lembram-se do Menezes que se demitiu? Foi exactamente por essa razão. Estava farto das críticas e constantes ataques dos membros do partido. Sendo assim, temo que se Manuela F. Leite for Primeira Ministra estará alguém pronto a "deitá-la" ao chão para liderar o partido.

Qual é a vossa opinião?

 

PS: Para mim Manuela venceu, pois demonstrou ter uma atitude muito bem definida e esteve sempre muito decidida. Além do mais, Sócrates exala demagogia, principalmente a esquivar-se às perguntas, começando frases como se estivesse a fazer algum comunicado ao país. Não suporto essa táctica, ainda para mais por conseguir atirar areia para os olhos aos portugueses.




Matilde :) @ 23:17

Sex, 11/09/09

 

Apoiando-me nas afirmações contidas em Sapo.pt redigirei este post, uma vez que não podia estar mais de acordo. O debate não saiu do esperado, uma vez que foi esquerda contra a direita, ou vice-versa. Naturalmente com opiniões contrárias, considero que Portas demonstrou, mais uma vez, estar bem preparado e que Louça esteve à altura do adversário, exibindo as suas qualidades de "oratória", argumentando convenientemente. Não vou entrar em grandes pormenores, porque não vale a pena. Prefiro que vocês debatam este tema colocando verdadeiramente a esquerda contra a direita.

 




david. @ 22:10

Qui, 10/09/09

 

Hoje o debate foi apenas entre a direita. Pareceu evidente a tentativa de distinção relactivamente ao PSD que Paulo Portas tentou fazer, com o objectivo de captar votos entre os eleitores de direita. Mas, paralelamente, pareceu também evidente a vontade de Paulo Portas de entrar num eventual governo de coligação.

Manuela Ferreira Leite esteve no debate sem perceber bem o seu papel. Não quis entrar muito em confronto com o líder do CDS, possivelmente para não se comprometer futuramente, mas também não deixou passar em branco os ataques de Paulo Portas. Diria que se limitou a responder. Respondeu a ataques como por exemplo a leitura de declarações de membros do PSD, acerca de vários assuntos. Mas Ferreira Leite, de quem se poderia não esperar muito, marcou a sua presença sem inseguranças, mostrando que a falta de experiência em debates deste tipo não é para si um problema.

A diferenças entre PSD e CDS batem-se na política fiscal e na área social. A questão do rendimento mínimo favoreceu Paulo Portas, assim como a polémica da «asfixia democrática» na Madeira, da qual Manuela Ferreira Leite não conseguirá sair bem.

Um debate onde Paulo Portas fez tudo para ganhar votos de direita, e onde Manuela Ferreira Leite tentou passar desprecebida, até porque sabe que pode precisar do CDS num futuro próximo. 




david. @ 22:55

Ter, 08/09/09

 

 

 

O debate de hoje era bastante aguardado, principalmente pelos eleitores de esquerda. Francisco Louçã tem-se especializado nos ataques ao governo e ao primeiro ministro. Hoje, esperava-se uma actuação ao seu mais alto nível. E não desanimou, ao mesmo tempo que não surpreendeu. A surpresa veio de José Sócrates, que, se analisarmos com atenção, perdeu aquela cordialidade e falsa delicadeza a que nos tinha habituado nos anteriores debates. Vimos um primeiro-ministro que partiu ao ataque, em vez de se defender com as regras do debate, por exemplo. E atacou mesmo, em especial as fragilidades do programa do Bloco de Esquerda. Louçã está mais habituado a atacar, não a ser atacado. Talvez por isso tenha tido alguma falta de convicção nas respostas. No entanto, ambos estiveram bem, e protagonizaram um debate vivo e forte. Sócrates soube criticar com sentido as nacionalizações defendidas pelo Bloco e passou bem a ideia, falsa, de que Louçã apenas sabe criticar, em vez de apresentar alternativas.

 

Sócrates leva o protagonismo, mas apenas porque teve hoje um bom registo, ao contrário do que é hábito. Louçã sempre teve uma postura positiva, e apenas teve que a «manter». Facto que o faz naturalmente perder as principais atenções. Pela negativa, assinalo a falta de diversidade de temas no debate de hoje.
  

 

 




Matilde :) @ 23:33

Dom, 06/09/09

 

Um debate interessante, com ritmo, onde se destacaram, obviamente, a direita de Manuela Ferreira Leite e a esquerda de Louçã.

Tenho, antes de mais, a referir, que o sistema do PSD é o sistema económico adoptado por alguns países da europa e que os levou a serem o que são, como é o caso da França. Manuela Ferreira Leite mostrou-se, no geral, uma boa escolha em relação a Sócrates. O caso da homossexualidade trouxe divergências: Manuela não está de acordo com os casamentos entre homossexuais, em oposição ao líder do BE. Na minha opinião, não fiquei surpreendida. Ferreira Leite é 'mais virada' para a direita, um pouco mais conservadora. é natural que não aceitasse este tipo de casamentos. Pessoalmente penso que cabe a cada um decidir, não deve ser o estado a tomar esse tipo de decisões. Ora vejamos: suponham que querem casar com o vosso namorado (se forem raparigas) ou vice-versa. Qualquer que seja ele, o estado não se intromete no casamento. Se todos somos iguais perante a lei, porque é que todos não podemos ter o mesmo tipo de oportunidades? Uma coisa é falar-se na adopção de uma criança (uma vez que isso acarreta consequências a nível psicológico para a criança), outra é na união pelo casamento entre duas pessoas do mesmo sexo que se amam.

Economicamente, Manuela "tem razão". Se não forem 'os ricos', as pequenas médias empresas, NÃO HÁ RIQUEZA. E o BE é precisamente contra os ricos. Claro que a igualdade e uma maior homogeneidade económia e financeira seria o ideal, já que se evitavam os casos de pobreza extrema. Contudo se não forem as pequenas e médias empresas, não há riqueza. São as pessoas com poder e dinheiro que movimentam "a moeda". São, desta forma, imprescindíveis à socieadade moderna. Esta visão capitalista (mas necessária!) dividiu, clara e naturalmente, os dois membros do debate.

A visão utópica da esquerda não funcionaria. Seja ela do PCP ou BE. Em Portugal, há muitos anos, imensas propriedades passaram para o estado. Este não foi capaz de as aproveitar! A privatização nem sempre é 'cómoda' para a população, mas torna-se imperativo para a economia.

Sem nada de mais a acrescentar, tenho a dizer que ambos os membros me fizeram reflectir sobre as suas propostas. Para melhor ou para pior.

E vocês?

 



Este blog destina-se ao debate político livre e aberto, sobre os temas em destaque. É tendiciosamente voltado para os jovens, mas será sempre aberto a qualquer opinião. Participa!

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